(Sonhos destruídos, deixando a casa teatro)
Cena 009. Casa teatro (Dia) Deixando a casa. (6hs: 00min).
Bruna: Eu sinto muito!
Juan: Valeu Bruna.
Alonso: Não sinta, ele vai dividir o apartamento comigo, na verdade é um apertamento mais dá pra viver, afinal nós somos pobres mesmo e não ligamos para mordomias.
Juan: Eu só estou triste por causa da forma que a casa foi tomada de mim, mas vamos deixar isso pra lá e começar uma vida nova. Eu não deveria ter atrasado aqueles impostos, mas agora não adianta lamentar. Eu vou conseguir essa casa aqui de volta, pois é a única coisa que meu pai me deixou.
Bruna: E a aula como você vai fazer?
Juan: Eu estou pensando em fazer uma peça em céu aberto de preferência na praça para poder arrecadar dinheiro e continuar ajudando as crianças com câncer, o que vocês acham?
Alonso: Eu achei uma excelente ideia, Juan.
Bruna: Você não existe, Juan! Se eu não fosse sua só sua amiga me apaixonaria fácil por você. (Risos).
Juan (Narrando) Mesmo em meio á tristeza que me envolvia me senti feliz por saber que eu tinha os melhores amigos do mundo. Abraçamo-nos e senti que aquilo era verdadeiro e sincero. Antes de sair do local, olhei tudo em volta, meus olhos lagrimejaram, mas tentei ser mais forte do que pareço e saí de cabeça erguida, com os empresários do shopping Key me olhando com dó e desprezo.
(Tema: Camila- Coleccionistas de canciones).
Cena 10. Apartamento do Alonso. (7hs: 30 min.)
Alonso: Como você já sabe pode ficar a vontade, eu moro sozinho, minha mãe você sabe que foi envenenada quando eu era criança e fiquei sozinho depois que minha vizinha que cuidou de mim morreu e eu vim morar aqui e agora com você dividindo o aluguel comigo vai sobrar um dinheiro pra mim, o serviço lá na oficina não está nada bem.
Juan: É eu sei e sinto muito por sua vida ser tão cheia de tristeza quanto a minha.
Bruna: Gente, vamos falar de coisas boas. Lembra que você falou que queria fazer uma peça em um lugar público?
Juan: É lógico! Você tem alguma ideia, Bruna?
Alonso: Ela deve ter, essa garota é muito inteligente é um gênio, morena.
Bruna: Deixa de ser debochado, seu bobo! Eu pensei em fazermos a peça no shopping Key.
Juan: Mas logo no lugar onde aquele Álvaro é o dono?
Bruna: Sim, aproveitamos e fazemos uma manifestação. Ele não pode sair pegando as propriedades dos outros desse jeito.
Alonso: Concordo!
Juan: Você tem razão, eu quero ver a cara daquela patricinha, filha dele quando nos vê lá.
Cena 11. Faculdade Leopoldo Goulart. (8hs: 00 min.)
Bárbara: E como foi seu encontro com aquele rapaz? Ele é mais velho que você, não é?
Miranda: É sim, mas não muito. Eu deixei uma falsa impressão minha e nem consegui me explicar.
Letícia: E pra que? Você é rica, não precisa ficar se explicando pra ninguém, não.
Miranda: Eu sou rica sim, ou melhor, meus pais é que são os ricos. E você me conhece muito bem, sabe que pra mim todos são iguais.
Bárbara: É mesmo Letícia, nós sabemos muito bem que a Miranda não se importa com isso de classe social.
Miranda: Eu faço faculdade de Direitos Humanos é pra isso mesmo, entender e tentar ajudar os mais necessitados. Vocês sabem que eu ajudo aquela instituição de crianças com câncer.
Letícia: É ajuda, mas nunca foi até lá.
Bárbara: O que importa é que ela ajuda.
Miranda: Eu não fui até lá ainda, pois eu tenho receio de chorar e deixá-las ainda mais tristes, eu fico com muito dó, mas pra não passar isso a elas eu prefiro não ir, ainda.
Bárbara: Você tem razão em preservar as crianças. O que ia adiantar se você fosse lá e ao invés de passar alegria passasse tristeza a elas?
Letícia: Nossa! Vocês duas são muito sentimentais, ninguém aguenta isso. Meu Deus me dê paciência para aguentar essas duas frescas.
Miranda: Nossa tese já está pronta, eu não vejo a hora de apresentá-la no shopping do meu pai. Será que os professores vão gostar?
Bárbara: É lógico! Modesta parte ficou muito boa. (Risos).
Miranda (Narrando) Quando estávamos no meio da conversa meu celular toca e eu obviamente o atento, é minha mãe.
Miranda: Oi mãe! O que foi?
Micaela: Filha! Hoje vamos dá um jantar para um amigo do seu pai, então da faculdade venha direto pra casa. Você entendeu?
Miranda: Tá, mãe! Eu entendi. (Desligou e celular e bufou).
Letícia: O que foi? Você ficou diferente depois da ligação da sua mãe.
Miranda: Meus pais vão dá um jantar para um amigo do meu pai e quando eles marcam alguma coisa e só me avisam em cima da hora é porque estão armando alguma.
Bárbara: Boa sorte, amiga!
Miranda: Boa sorte nada, vocês vão nesse jantar e quero vocês lindas.
Letícia: Eu irei e vou arrasar nesse jantar.
Bárbara: Eu vou, mas como o jantar é na sua casa, Miranda. Eu vou ir simples, mesmo porque ninguém consegue apagar sua beleza.
Letícia: Nossa Bárbara como você é puxa saco, hein!
Miranda: Meninas! Não precisam brigar, nós três somos belas. As três belas. (Risos).
Cena 12. Mansão Key (O Jantar).
Miranda (Narrando) Minhas amigas Bárbara e Letícia vieram se arrumar aqui em casa, os convidados do meu pai já haviam chegado e nós ainda estávamos nos arrumando. Eu como já imaginava que talvez fosse algum pretendente que meus pais estavam arrumando pra mim, coloquei um vestido de festa mais simples, preto, acima dos joelhos e bem justo marcando minha cintura. Bárbara eu emprestei meu vestido mais lindo, branco, cheios de enfeites e com algumas pedrinhas que brilhavam. Letícia eu emprestei meu vestido amarelo também muito bonito e bastante chamativo. Quando acabamos de nos aprontar, fomos até os corredores e chegamos ao início da escada, olhamos e apenas Fernando iria jantar conosco. Eu no meio e minhas amigas cada uma de um lado descemos as escadas com muito estilo e percebi que o Fernando tinha olhos apenas para a Bárbara e isso me deu um imenso alívio.
Fernando: Boa noite, meninas! Vocês estão encantadoras.
Miranda: Olá, boa noite, Fernando, Obrigada!
Miranda (Narrando): Quando íamos descer o último degrau não sei como, mas Bárbara quase cai, no entanto, Fernando imediatamente a segura em seus braços, seus olhos se entrelaçam e rola um clima bonito e sincero entre eles, seus pelos do braço arrepiam e seus olhos estremecem.
Bárbara: Nossa! Eu tropecei, obrigada por me segurar, Fernando. (Sentindo o perfume dele). Nossa que garoto cheiroso! (Em pensamento).
Fernando: Não me agradeça, eu tenho um ótimo reflexo e quando vi que uma garota linda como você ia cair eu não pensei duas vezes e a segurei. (Segurando suas mãos e sentindo sua pele suave).
Letícia: Se ela caísse não iria se machucar, pois já estávamos no último degrau, no máximo iria quebrar uma unha. (Sorriu).
Micaela: Vamos nos sentar?
Álvaro: Isso mesmo, minha querida! Vamos.
Cena 13. Sala de jantar.
Álvaro: E os negócios do seu pai?
Fernando: Ele está muito contente, pois os rendimentos da fábrica vão super bem.
Letícia: E seu pai é dono de que?
Fernando: Ele é dono de uma petrolífera.
Micaela: E você Fernando, está namorando?
Fernando: Não senhora, eu ainda não encontrei a garota certa. (Olhando para Bárbara).
Micaela: Olha que fofo! A Miranda também está esperando um príncipe encantado. Quem sabe esse príncipe não seja você?
Miranda: Mãe, nós somos apenas amigos. Conhecemos-nos desde pequenos.
Fernando: Sim senhora, eu jamais ficaria com alguma garota só por que seus pais querem.
Álvaro: Desculpa minha mulher. Ela não quis dizer isso.
Letícia: E também a Miranda já está interessada em alguém.
Bárbara: Letícia!
Miranda: De onde você tirou isso, Letícia?
Álvaro: Você não nos disse nada, quem é o rapaz?
Micaela: É minha filha! Quem é? Ele é bem socialmente?
Miranda: Não é ninguém, a Letícia só está me tirando, não é, Letícia?
Letícia: É verdade senhora, eu estava brincando. Mas eu sei que a Miranda tem uma queda pela pobreza, eu não me surpreenderia se ela se apaixonasse por um pobretão desse aí da cidade. (Risos).
Miranda: Nossa! (Estressada).
Cena 14. Varanda da mansão.
Miranda (Narrando): Depois de um belo jantar. Eu, Bárbara, Fernando e Letícia ficamos conversando um pouco na varanda, com uma bela vista a nossa frente, a vista da praia alguns quilômetros á frente.
Fernando: Eu gostei muito desse jantar, mas gostei ainda mais de conhecer você, Bárbara.
Bárbara: Eu também adorei te conhecer.
Letícia: Vocês querem que eu e a Miranda saiamos para vocês ficarem mais à vontade?
Bárbara: É claro que não. Não precisa.
Fernando: Não seria uma má ideia.
Miranda: É Barbara! Nós vamos entrar e depois voltamos. Meus pais devem ter ido dormir e depois o Fernando a leva em casa.
Fernando: Você quer ficar aqui comigo para nos conhecermos melhor?
Bárbara: Tudo bem! Que mal há nisso?
Bárbara (Narrando) Miranda entrou e Letícia resolveu ir embora e eu fiquei a sós com Fernando. Não sei como, mas não falamos mais nada e começamos a nos beijar loucamente, sentimos uma forte atração um pelo outro. Eu não sou de fazer sexo no primeiro encontro, porém com o Fernando foi diferente. Ele abriu meu vestido com os dentes lentamente e me deixou apenas de calcinha, logo passou sua língua na minha orelha e foi descendo, percorrendo por todo o meu corpo, eu estava de costas para ele, então com sussurros e ofegante o mesmo encostou lentamente em mim e me virou para ele e nos beijamos, ele levantou minhas pernas e soltou seu cinto e suas calças caíram; ele me penetrou, senti em prazer inexplicável, gememos juntos de excitação ali mesmo na varanda, com uma bela lua clareando nossa relação sexual alucinante e bastante selvagem com direito e puxão nos meus cabelos, eu arranhei todo seu corpo sexy e sarado, uma loucura que eu adorei. Depois saimos sem nos despedir de Miranda. Fernando me deixou em casa e partiu. E eu quando entrei em casa tomei um banho relaxante e me deitei apenas de calcinha e dormi com um leve sorriso no rosto.
As coisas estão ficando picantes, mas será que a apresentação da tese de Miranda no shopping vai ser como ela imagina? (Continua...)
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